quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Onde há fumaça..


Cada vez mais, pesquisas vêm apontando que a alimentação industrializada em excesso traz muito mais prejuízos do que benefícios. Nesta semana, pesaquisadores de Cingapura apresentaram um trabalho relacionando o câncer de pâncreas com o consumo de refrigerantes. Esse é um estudo ainda a merecer aprofundamento, pois existem muitos fatores causadores do câncer que não foram isolados. Mas esse estudo apontou maior incidência do câncer de pâncreas em indivíduos que bebem refrigerantes do que nos que consumem sucos naturais.

O câncer de pâncreas é dos mais mortíferos e há algumas décadas considerava-se que o consumo exagerado de álcool fosse seu principal fator desencadeador. Vamos pensar juntos, já que ambas as hipótese são possíveis.


O pâncreas é o responsável pela secreção de insulina, que regula o metabolismo de glicose. A célula só consegue absorver a glicose, sua principal fonte de energia, através de receptores que só funcionam em presença do hormônio insulina. O excesso de glicose circulante pode prejudicar o funcionamento de várias células, levando à morte. Isso nos faz pensar que quando o nosso organismo é bombardeado com açúcar, o pâncreas tem que trabalhar mais para diminuir o nível de glicose circulante.


Tanto o álcool como o açúcar, quando digeridos, originam glicose. Portanto, ambos elevam muito o nível de glicose no sangue, sobrecarregando o pâncreas, que tem que secretar mais insulina.


Ao longo dos anos, o nosso corpo vai perdendo a capacidade de adaptação. A isso chamamos envelhecimento. Por isso, quando somos jovens não sentimos quase nada ao cometermos "abusos", mas, quando chegamos à meia idade, os problemas começam a aparecer.


Um dos sinais desses abusos é o aparecimento de diabetes tipo 2 após os 50 anos. É o primeiro sinal de esgotamento do pâncreas. A obesidade também pode provocar esse esgotamento, pois os adipócitos, células de gordura presentes em grande quantidade em obesos, são mais resistentes à insulina, levando o pâncreas a secretar ainda mais insulina para se obter o resultado desejado.


Ao longo dos anos, o pâncreas vai enfraquecendo e, se não for controlada a ingestão de carboidratos simples (açúcar e álcool), a evolução poderá ser o câncer.


Vamos pensar como é o atual consumo de refrigerantes no mundo e procurar entender como os suecos chegaram a essa conclusão. E partiremos dos Estados Unidos, o principal difusor do consumo de refirgenates para o mundo. Quem já viajou para lá sabe como são gigantescas as porções individuais de refrigerantes. Lá paga-se pelo continente (copo) e o refil é grátis. Infelizmente, o principal alvo são as crianças. Para elas, o efeito do consumo exagerado de refrigerante é ainda pior, pois o ácido fosfórico, presente nos refrigerantes é capaz de interferir nom metabolismo ósseo, diminuindo a captação de cálcio pelas células ósseas. Já iamginaram o que isso pode acarretar ao longo dos anos? OSTEOPOROSE. Não é a falta de consumo de leite e sim o excesso de consumo de refrigerantes que pode estar contribuindo para o aumento de casos de oesteoporose precoce. Mas isso é assunto para outra postagem.


Além do dano orgânico indiscutível, os refrigerantes causam danos ambientais irreparáveis. Basta pensar no consumo de água para a sua produção e no descarte das garrafas PET. Quem mora em grandes cidades pode ver que, durante as chuvas, o que mais aparece nos rios (além dos sofás e outras bugigangas impensáveis!) são as garrafas de plástico, responsáveis pelo entupimento de bueiros e galerias.


Por isso, pense mais no que você está consumindo. O nosso país é privilegiado, pois temos frutas disponíveis o ano todo. Não justifica o alto consumo de refrigerantes que temos. Além de hidratar, as frutas fornecem vitaminas, fibras e glicose, só que em menor quantidade, se comparadas aos refrigerantes.

Refrigerantes somente em ocasiões especiais, festas e, no máximo, uma vez por semana.
O nosso organismo e o meio ambiente agradecem!

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