sábado, 3 de outubro de 2009

Óleos, usar ou não usar?


Quem nunca teve dúvidas a respeito da utilização de óleos e azeites na alimentação?
As dúvidas mais frequentes são:
devo utilizar óleo para cozinhar, já que é um alimento riquíssimo em calorias?
Como saber se um óleo é transgênico?
Qual é o melhor óleo para cozinhar?
Quanto à primeira questão a resposta muitos já devem saber: não se deve evitar a utilização de óleos e azeites na alimentação, pois além de proporcionarem energia e sabor aos alimentos, os óleos possuem gorduras essenciais ao nosso organismo: os ácidos graxos.
Além disso são veículos das vitaminas lipossólúveis: principalmente a Vitamina A e a Vitamina E, importantes para o metabolismo de hormônios (principalmente os sexuais), para a pele, mucosa, cabelos, unhas, visão e sistema nervoso.

Atualmente, os óleos que mais utilizam organismos geneticamente modificados (OGM) são o de milho e o de soja. Esses devem ser evitados afetam diretamente o meio ambiente e podem trazer riscos para os seres humanos.
Para saber quais óleos são transgênicos acesse o site do Greenpeace (http://www.greenpeace.org/brasil/transgenicos/) que possui uma lista completa de indústrias alimentícias que se utilizam de produtos transgênicos.
É recomendável atentar para o fato de que o óleo de CANOLA é transgênico, pois é uma planta produzida em laboratório. Não existia na natureza.
As opções livres de transgênicos, por enquanto, são o óleo de GIRASSOL e o de ARROZ.
Mas LEMBRE-SE: todo óleo processado a altas temperaturas e industrializados como esses, são de baixa qualidade nutricional!

Os óleos vegetais encontrados no mercado (soja, canola, milho, entre outros) foram desenvolvidos pelas indústrias alimentares a partir do aumento gradativo da produção agrícola de grãos, na década de 50.
Atualmente, esses óleos ocupam um papel privilegiado na dieta e são incentivados como promotores da saúde vascular. Porém, é preciso conhecer a origem e o processamento desses óleos para compreender o questionamento que se faz sobre o seu consumo irrestrito.
Os óleos polinsaturados são normalmente extraídos de grãos produzidos convencionalmente com grande utilização de agrotóxicos. Durante o processo de extração, os grãos são submetidos a alta pressão, temperatura elevada e são utilizados solventes à base de petróleo para maximizar a retirada da parte gordurosa. Como conseqüência desse processo altamente agressivo, as cadeias de ácidos graxos insaturados são desestabilizadas, a vitamina E é totalmente desnaturada e esses óleos se oxidam ou se rancificam. Aditivos químicos são colocados para repor a Vitamina E, evitar a oxidação e para obter um óleo de maior durabilidade. Esses óleos, ao serem submetidos ao calor, ao oxigênio e à umidade durante o processamento, produzem radicais livres - moléculas quimicamente instáveis e reativos. Ao final, o produto passa por um processo de refinamento para maximizar a retirada dos resíduos de metais pesados provenientes dos solventes utilizados durante a extração. Além disso, os óleos extraídos comercialmente estão na forma de ácido linoleico ômega-6, duplamente insaturado e contém pouco ácido linolênico ômega-3, triplamente insaturado.
O grande incentivo da área da saúde para consumo de óleos vegetais veio a partir do crescimento da indústria de óleos, impulsionada por excedentes de produção agrícola convencional e pelas indústrias de alimentos que estimulam pesquisas na área da saúde, sob um enfoque causal reducionista de que gordura animal faz mal (ver atigos sobre gordura no PORTAL ORGÂNICO - SITE GASTRONOMIA - TÓPICO: ARTIGOS).
A forma ideal de obtenção de óleos é a de pressurização a frio, sem adição de aditivos. Os azeites e óleos obtidos dessa forma mantêm seu valor térmico e também as substâncias antioxidantes e aromáticas, as vitaminas lipossolúveis, os corantes e os oligoelementos presentes no grão de origem.
No Brasil, infelizmente, essa forma de obtenção ainda é incipiente. Agricultores familiares já se organizam e colocam no mercado interno óleos orgânicos, pressurizados a frio, de girassol, de palma e de outras sementes de fácil obtenção.A gordura de coco também úma ótima opção. Esses óleos podem ser encontrados em lojas de produtos naturais e orgânicos.

Algumas recomendações para a utilização de óleos:
1. usar pouca quantidade de óleos processados termicamente, especialmente para refogar ou para eventuais frituras;
2. usar óleos processados a frio (girassol, oliva, alho, linhaça) NO FINAL DAS PREPARAÇÕES, para que suas propriedades nutricionais possam se mantidas.
3. variar também com a gordura de coco, rico em triglicérides de cadeia média (TCM).

Esta resposta foi extraída do livro Alimentos Orgânicos da Dra. Elaine de Azevedo, nutricionistada UFSC que trabalha com orgânicos e presta assessoria a um portal sobre o assunto: http://www.portalorganico.com.br/ . Tomei conhecimento do texto através da nutricionista Graziela Caproni, pelo grupo de discussão Nutrição Complementar em 03/10/2009.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Dicas para reforçar o sistema imunológico


Como as autoridades sanitárias orientam, não há motivo para pânico. A gripe suína é uma gripe como outra qualquer, mas possui um mecanismo de ação que não reage aos medicamentos convencionais.
Talvez ela esteja servindo para refletirmos sobre o tratamento que temos dado às viroses. Antiinflamatórios são medicamentos que deprimem o sistema imunológico. A tal gripe parece que se aproveita dessa "deixa" para atacar o organismo.
Antibióticos somente devem ser utilizados em casos de infecção por bactérias, nunca para viroses.
Portanto, para não sucumbir à tal gripe, basta alimentar-se bem, repousar e tomar bastante líquidos e deixar que o sistema imunológico cuide do resto.

Como? Lendo as dicas que recebi recentemente de Malu Ferreira, do Dr. Márcio Bontempo.
São dicas sobre estilo de vida, sobre alimentos que debilitam e que estimulam o sistema imunológico e também sobre a importância do relaxamento. Lembrando que uma alimentação saudável deve sempre estar inserida em um contexto de estilo de vida saudável.

Não deixem de ler até o fim, pois faço um comentário sobre massagem terapêutica e dou uma dica de contato para quem quiser experimentá-la.

"Além das recomendações das autoridades sanitárias, como lavar as mãos com frequência., existem providências que devem ser lembradas ou conhecidas que, infelizmente, não fazem parte dos cuidados necessários, sendo que muitos deles são mais importantes do que as orientações oficiais.
Primeiramente, tanto profissionais de saúde quanto pessoas comuns, devem saber que é necessário atuar no sentido de se possuir um sistema imunológico bem forte. Percebo que absolutamente nada está se fazendo nessa direção, de uma forma que se espalha o terror de uma nova doença, mas não se tomam as providências necessárias para reforçar o mecanismo de defesa do organismo da população, permitindo assim que todos estejam expostos à virose em questão.
Por que as pessoas adquirem mesmo a gripe comum e o que fazer para fortalecer as defesas?
Para começar, é necessário saber O QUE ENFRAQUECE o nosso sistema imunológico, e isso não é divulgado (ou sabido?) pelas autoridades sanitárias.
Sabe-se, cientificamente, que todos os vírus se beneficiam e se desenvolvem mais facilmente em ambientes orgânicos mais ácidos e, obviamente, quando o sistema imunológico está enfraquecido. E o que faz com que nosso ambiente sanguíneo fique mais ácido e o que diminui a força das nossas defesas?
São os alimentos industrializados que tendem a criar e a manter um ambiente sanguíneo mais ácido.
Os principais são:
Açúcar branco - produz ácido carbônico em quantidade proporcional à quantidade ingerida, seja ele puro ou presente em doces, refrigerantes, bolos, tortas, guloseimas, etc. O uso regular de grandes quantidades de açúcar branco produz perda de cálcio e magnésio (e muitos microminerais), o que afeta sobremaneira, de modo crônico e constante, o nosso sistema imunológico. Deve ser substituído pelo açúcar mascavo orgânico, mel etc.

Carnes vermelhas e embutidos
– Produzem diversos ácidos e reações ácidas, como ácido oxálico, ácido úrico, além de toxinas redutoras da imunidade como cadaverina, putrescina, indol, escatol, fenol etc. Como fonte de proteínas, dê preferência a peixes e proteínas vegetais, frutas oleaginosas, leguminosas, subprodutos da soja etc.
Leite e derivados - Principalmente o leite de vaca, rico em caseína (indigesto), produz incremento do ácido lático e gera mucosidades em excesso, enfraquecimento das defesas orgânicas, expondo os seus consumidores, não só à gripe, mas a muitos outros problemas. Substituir por leite de soja pronto ou caseiro (evitar o leite de soja instantâneo, em pó). Como fonte de cálcio, preferir as verduras e os feijões.
Farinhas brancas – O pão branco e as farinhas de trigo brancas, não integrais, são fermentativas e produzem mucosidades, além de serem pobres em proteínas, vitaminas e minerais essenciais. Seu uso constante enfraquece o organismo.
Frituras, comidas em saquinhos (chips), guloseimas, fast food – Hoje consumidos em grande quantidade por crianças e adolescentes, responsáveis por grandes desequilíbrios orgânicos e muitas doenças, como diabetes, obesidade, pressão alta etc. O seu consumo regular, associado ao açúcar branco, determina um constante estado de acidificação do sangue e depósito de compostos prejudiciais.
Álcool - Em pequenas quantidades (vinho etc.) pode até ajudar, mas em excesso produz reações ácidas.
Recomenda-se, portanto, evitar estes alimentos substituindo-os, sendo que esta abstenção já significa um grande passo para a prevenção de qualquer gripe e de muitas doenças.
Alimentos recomendados para aumentar as defesas orgânicas
Há alimentos particularmente úteis para reforçar a nossa imunidade, tais como o arroz integral, os subprodutos da soja (tofu, leite de soja líquido, missô), a aveia (rica em beta-glucana, um grande estimulador do mecanismo de defesa), o inhame, as verduras em geral, frutas frescas, a semente de linhaça, o gengibre, o alho, a cebola e outros.
Outros fatores que reduzem a imunidade
Estresse - um dos piores inimigos, pois reduz a ação das células de defesa, principalmente os linfócitos que combatem os vírus, elevando os níveis de adrenalina e cortisol, um imunodepressor. O estresse é provocado pela vida agitada, os problemas diários, as preocupações excessivas, o excesso de trabalho ou estudos etc.
Vida sedentária – Com ela os radicais ácidos se acumulam nos músculos e nos demais tecidos, reduzindo o pH do corpo e favorecendo as doenças virais e bacterianas.
Ar condicionado - Deve ser evitado a todo custo, pois desidrata o ar, ressecando as mucosas e produzindo desequilíbrio térmico no organismo. Faz muito mal.
Hábitos perniciosos - Tabagismo, alcoolismo, drogas, excesso de remédios farmacológicos etc., são, decididamente, fatores que reduzem a capacidade de defesa do organismo.
Certamente muitas mudanças propostas são sacrificantes, mas tudo é uma questão de ajuste e adaptação, sendo que os resultados são altamente benéficos, não só em relação à gripe suína, mas à saúde em geral.

Dicas da medicina natural, ortomolecular e homeopatia para a prevenção (e tratamento) da gripe suína.
Além das medidas anteriores, cientificamente sugere-se o seguinte:
Alho
O alho é rico em alicina, uma substância ativa que possui ação antiviral reconhecida, além de mais de uma dezena de outros componentes imunoestimulantes. Basta ingerir diariamente 3 a 5 dentes de alho cru picado, com os alimentos ou engolidos com água ou suco. Há o inconveniente do hálito, mas é passageiro, e mais vale a boa saúde do que o comentário alheio. Existem também suplementos à base de alho que não exalam odor, mas são caros. O óleo de alho em cápsula ou o alho em comprimidos não produzem o mesmo efeito do alho cru. O alho também é útil para evitar ou tratar uma grande quantidade de doenças. O problema do alho para crianças é a dificuldade para ingerir, mas com habilidade tudo é possível.
Própolis
A própolis é reconhecida cientificamente como um antibiótico natural incluindo uma forte ação antiviral, tanto em situações de infecção quanto como para prevenção. Foram reconhecidos mais de 100 princípios medicinais ativos da própolis. Deve-se usar o extrato alcoólico de própolis a 30%, na quantidade de 30 gotas, 3 a 4 vezes ao dia, em meio copo de água. Para crianças pequenas, metade da dose (lactentes e bebês, seguir orientação do pediatra). Pode-se colocar um pouco de mel para adoçar e reduzir o sabor e efeito da própolis na boca.
Chá de gengibre - (excelente)
O gengibre é um alimento funcional reconhecido hoje cientificamente por seus poderosos princípios ativos. Foram isolados cerca de 25 substâncias, entre elas as famosas gengiberáceas, de grande ação estimulante do sistema de defesa do organismo e ação antiviral. Basta beber chá de gengibre fresco, forte, uma xícara 3 vezes ao dia, morno ou quente e sem adoçar.

Equilíbrio nervoso neurovegetativo
(esta é para destacar a importância do relaxamento promovido pela massagem terapêutica!)
O organismo e as células de defesa são regidos pela ação do sistema nervoso autônomo, representado pelos sistemas simpático e parassimpático; o primeiro é responsável pela produção granulócitos (de pouca ação viral e mais bactericida) e o segundo de linfócitos (de ação antiviral direta). Devido à agitação da vida moderna e ao estresse, as pessoas apresentam um excesso de atividade do sistema simpático (que produz adrenalina, cortisol, etc., todos imunodepressores), com maior quantidade de granulócitos do que linfócitos, o que abre o caminho para viroses. É devido a isso que muitas pessoas adquirem uma gripe depois de um impacto emocional, notícia ruim, desavenças, tristezas etc. É necessário proceder à redução da atividade simpática (redução do estresse etc.) e promover maior estímulo parassimpático. Isso se consegue com mais repouso, menos agitação e preocupações, atividade física moderada, respiração profunda, alimentação natural integral, massagens terapêuticas, saunas, banhos quentes (tipo ofurô, banheiras etc.). Importante é evitar a friagem e manter o corpo aquecido, principalmente as extremidades.

Atividade física, sol e ar livre.
Sempre importante em qualquer aspecto para uma saúde melhor.
Suplementos
A medicina ortomolecular e a fototerapia preconizam o uso de dois suplementos:
Vitamina C - Recomenda-se o uso de 500 mg de vitamina C (ácido l-ascórbico) orgânica de uma a duas vezes ao dia, para reforçar as defesas. Crianças pequenas, metade da dose ou sob orientação pediátrica.
Cogumelo do Sol - Eleva a imunidade por ser rico em substâncias imunomoduladoras, como a beta-glucana. Adultos devem tomar 2 cápsulas de 500 mg 2 a 3 vezes ao dia, tanto como preventivo quanto para tratamento. Crianças pequenas, tomar metade da dose. No caso de dificuldade de encontrar o cogumelo do sol, procurar comer cogumelos, tipo champignon, shitake, shimeji, funghi etc.
Frutas em geral - As frutas, principalmente as cítricas, ajudam a alcalinizar o sangue e são ricas em minerais e vitaminas, favorecendo a saúde e protegendo o organismo. Pessoas que consomem poucas frutas estão muito mais sujeitas, não só às viroses, quanto a qualquer outra enfermidade.
Estas orientações servem tanto para a prevenção quanto para serem utilizadas em casos de pessoas que contraíram qualquer tipo de gripe. Além do mais, estes procedimentos nos deixam seguros e tranquilos em relação ao grande terror de se contrair, tanto a Influenza A quanto quaisquer outras doenças virais."

Além dessas dicas recomendo consumir inhame, que possui propriedades energéticas e nutricionais que estimulam o sistema imunológico. Pode ser preparado em sopas, purês, cozidos, e até mesmo em sucos. Para saber mais sobre o inhame e para conhecer as recietas acessem o site: http://correcotia.com/inhame/ de Sônia Hirsch.
Como havia prometido, segue uma ótima dica para quem quer e precisa relaxar ou fazer terapia: Malu Ferreira é terapêuta transpessoal, formada pelo renomado terapeuta hungaro Pethö Sandor do Instituto Sedes Sapientiae (PUC-SP).
Entre as técnicas que utiliza: massagem integrativa, thai yoga, drenagem linfática e também atende à gestantes com massagens especiais.
Quem quiser fazer uma sessão para conhecer, é só ligar:
Malu Ferreira: (11) 3567-6941 e (11) 8329-0096
O consultório dela é em Pinheiros.

sábado, 18 de julho de 2009

Feira Orgânica em São Paulo


Após o sucesso da Feira Orgânica de Curitiba, vem aí a 5ª Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia em São Paulo.


Participem e dêem a sua opinião sobre os produtos orgânicos quanto a qualidade, quantidade, distribuição e políticas públicas de incentivo à produção de orgânicos.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Amaranto - Daninha ou Sagrada?


Depois da "descoberta" da quinoa, cereal andino, e de sua imensa exposição na mídia devido às suas indiscutíveis propriedades nutricionais, agora é a vez do amaranto, conhecido como "feijão dos Andes".

Recentemente saiu uma reportagem no Globo Repórter sobre este pseudo-cereal, destacando o alto valor biológico de suas proteínas, a grande quantidade de cálcio, ferro, zinco, fibras e sua capacidade de reduzir o colesterol.

Contudo, há um outro fato sobre o amaranto, não divulgado pela mídia, que está sacudindo a agroindústria:

Pelo visto, a natureza não é tão passiva quanto previam os pesquisadores da Monsanto. Em 2004, plantadores de soja dos Estados Unidos notaram que alguns brotos de amaranto, tidos como erva daninha, resistiam ao Roundup, potente agrotóxico que utilizavam em suas lavouras. Por isso, esses agricultores tiveram que abandonar cultivos de 5 mil hectares de soja transgênica; outros 50 mil estão gravemente ameaçados.

Desde então, a situação só tem se alastrado. Segundo cientistas, ocorreu uma transferência de genes entre a soja modificada geneticamente e o amaranto.

Essa constatação contradiz a afirmação de que é impossível um cruzamento de uma planta modificada geneticamente com uma não modificada.
Uma hipótese para o ocorrido é a de que o agrotóxico tenha exercido uma enorme pressão sobre o amaranto, que, por sua vez, aumentou ainda mais sua velocidade de adaptação.

Ao que parece, surgiu um "amaranto-r" portador de um gene resistente ao herbicida.

A única solução para os plantadores de soja seria arrancar à mão o amaranto, como se fazia antigamente. Isso já não é possível dadas as dimensões das áreas de cultivo. Além disso, por terem raízes profundas, essas ervas são extremamente difíceis de arrancar, razão pela qual simplesmente se abandonaram 5 mil hectares de soja.

A boa notícia é a de que já existe uma tendência entre os agricultores de renunciar aos OGM (organismos geneticamente modificados) e voltar para a agricultura tradicional. Um produtor e vendedor americano de sementes de soja afirma que as sementes OGM estão desaparecendo de seu catálogo e que a demanda por sementes tradicionais tem aumentado.

E então? O amaranto é uma planta diabólica ou... sagrada?

O amaranto pode ser "diabólico" para a agroindústria, mas é sagrado para os incas. Pertence à classe dos alimentos mais antigos do mundo. Cada planta produz a média de 12 mil sementes por ano. E como pesquisas já demostraram, tem um valor nutricional inestimável.

O amaranto suporta o rigor da maioria dos climas, tanto nas regiões secas, como nas de monção e as terras altas tropicais, além de não ter problemas com pragas. Dispensa agrotóxicos.

É uma planta a ser seriamente considerada pelos que discutem a forma de se eliminar a fome.

(texto-base encaminhado por Soraya Vidya Terra Coury ao grupo de estudos "Nutrição Complementar": Amaranto "dá o troco" na Monsanto- Atualizado em 29 de junho de 2009 às 15:01 Publicado em 26 de junho de 2009 Efeito bumerangue na Monsanto -por Sylvie Simons*, no site do MST Para ir ao site do MST, clique aqui.http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/amaranto-da-o-troco-na-monsanto/)

Mais uma vez o espírito de Gaya se faz presente, mostrando que a natureza é viva e se transforma a cada instante, apesar de nossa insistência em querer dominá-la.

domingo, 14 de junho de 2009

Alimentos instantâneos, uma boa opção?


Quem pensa que os alimentos instantâneos podem ser uma opção saudável para os que têm pouco tempo para a refeição não está fazendo uma boa escolha.

Vejam o que diz este artigo encaminhado pela nutricionista Yara, do GEACAN:
"Uma pesquisa da Associação de Defesa do Consumidor Pro Teste analisou seis tipos de arroz e um de macarrão de pacote e constatou altos índices de realçador de sabor (glutamato monossódico), poucos nutrientes e falta de higiene. Além disso, em quase todas as amostras foram encontrados ácaros e partes de insetos.

A associação analisou o Arroz à Grega das marcas Blue Ville e Tio João, o Arroz de Carreteiro da Maggi e Tio João, a Pasta aos Quatro Queijos da Maggi, além da Receitas do Chef, Ervas Finas, Uncle Ben's e Arroz Ervas Finas Tio João.
Cada 225g da Pasta aos Quatro Queijos, da Maggi, apresentou 17 fragmentos de insetos. Nos produtos do Tio João foram encontrados ácaros. Já o Arroz Carreteiro Maggi, apresentou 40g de aditivo GLUTAMATO MONOSSÓDICO por quilo de alimento, ou seja quatro vezes mais o limite europeu, que é de 10g por quilo. Na Pasta aos Quatro Queijos havia 20g de glutamato. A Pro Teste verificou ainda que os alimentos semiprontos não suprem as necessidades de nutrientes de que o corpo precisa em uma refeição.
Segundo a pesquisa, todas as marcas avaliadas apresentaram glutamato monossódico, substância que, se consumida em excesso, pode causar alergias, náusea e dor de cabeça."

A matéria completa está no site
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3758338-EI8147,00.html

O que é glutamato monossódico?
O glutamato foi isolado em 1908 a partir de algas marinhas. Naquela época, percebeu-se que o glutamato fornece aos alimentos um sabor único, diferente dos já conhecidos: doce, salgado, azedo e amargo. Este "5º sabor" foi denominado “umami”.
O glutamato monossódico é um aminoácido não essencial para o nosso organismo, isto é, na falta de glutamato na dieta, podemos produzir o nosso próprio glutamato.

Ele participa de diferentes funções neuroendócrinas, entre elas a regulação da fome e a saciedade.
Podemos consumir o glutamato, de forma natural, através de diversas fontes alimentares. Em pequenas quantidades ele é inócuo. Mas, se consumido em excesso, pode levar até à perda de neurônios.

Além disso, já foi descrita na literatura científica a "síndrome do restaurante chinês", caracterizada por vermelhidão facial, alergias, taquicardia, dor de cabeça e náuseas. Essa síndrome está associada ao elevado consumo de glutamato monossódico.
Reconhecidamente um neurotransmissor, recentes pesquisas tem indicado que o glutamato desperta a voracidade. Um estudo científico em ratos, desenvolvido por Jesus Fernandez-Tresguerres, indica que o glutamato monossódico aumenta a voracidade em 40%.
Pesquisas recentes vem apontando uma relação entre a ingestão de glutamato e o aparecimento de doenças degenerativas cerebrais, tais como Alzheimer e Mal de Parkinson. Também tem sido sugerido que o seu consumo pode ser responsável pela hiperatividade em crianças e por reações alérgicas, asma, câncer e enxaqueca em adultos. Mesmo assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda o considera um aditivo alimentar inócuo, como o açúcar e o sal. (OPS!)

Aí já temos uma pista para reflexão: até o açúcar e o sal em excesso são prejudiciais. O glutamato em excesso também não o será?
Já não estaria na hora das autoridades sanitárias passarem a controlar as quantidades de glutamato adicionadas aos alimentos?

E nós?... Que tal verificarmos em nossas dispensas quantos produtos contêm glutamato monossódico? É só ler o rótulo.
Será que estamos fazendo as escolhas mais acertadas para a nossa saúde?

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Consciência Nutricional no "Mudança Geral" cap 6

A saga da Família Meneghini chegou ao fim com saldo positivo!
Perderam peso, melhoraram o metabolismo e até a pele das crianças melhorou!
Isto tudo apenas com mudança de hábitos alimentares, sem dieta!
Abriram espaço para frutas, legumes e verduras, que antes não existiam!
Diminuiram o consumo de alimentos industrializados, que não só fazem mal para o organismo como também para o planeta, pois aumentam o consumo de carbono desde sua produção até o descarte!
É claro que poderão comer pizza, churrasco e até cerveja; nada é proibido, mas TUDO com moderação! Esta é a palavra-chave!!!
Com tudo isso, ganharam mais disposição e qualidade de vida!
E não foi só: conseguiram economizar na água e na energia e diminuir o desperdício.
Esperamos que muitas famílias se inspirem na "Mudança Geral" dos Meneghini e se tornem conscientes da importância de seu papel na preservação do planeta!
Sentiremos saudades...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Consciência Nutricional no Mudança Geral cap 5

Eles já combateram o desperdício, aprenderam a economizar água, energia, a separar os materiais de reciclagem. Uma mudança quase geral.
Agora, para a família Meneghini entrar de vez nos eixos só falta colocar ordem na cozinha.
Mas com um detalhe: Malu e Matheus, que tanto reclamavam da comida, tiveram que assumir as panelas.
As crianças ficaram um pouco perdidos na cozinha, nunca tinham se interessado pelo assunto, a higiene então, passou longe!
Foi aí que entrou a nossa orientação em cena.
Para começar procurou-se traçar um plano alimentar para a semana.
Estipular os dias de compras de ítens não-perecíveis e os perecíveis: segunda-feira, dia de ir ao supermercado; na quarta, dia de ir à feira.
A partir disso estabeleceu-se um cronograma de utilização dos alimentos, levando em conta o aproveitamento global dos alimentos e os dias de compras.
Exemplo: as verduras compradas na quarta deverão ser utilizadas na quinta, sexta e domingo.
Para elaborar o cardápio de segunda a domingo, escolhemos, primeiramente, os dias que iriam ter arroz e feijão. Depois determinou-se o dia para massas e sopas. Para complementar o cardápio, distribuímos primeiro as carnes (bovina, frango e peixe), os legumes, as verduras e as saladas.
No cardápio que as crianças montaram, planejaram frango quatro vezes na semana, em dias alternados.
Aqui houve a preocupação das crianças na redução da carne bovina no cardápios. Mas Reginaldo reclamou.
No programa abordadamos a questão da procedência da carne bovina. O açougue visitado parecia não estar muito preocupado com a origem das carnes.
Já na feira, procuramos produtos orgânicos que não foram facilmente encontrados.
Infelizmente o acesso dos Meneghini aos alimentos orgânicos não é dos melhores. Não dá pra ir a pé ao supermercado mais próximo que vende orgânicos. Infelizmente esta opção não faz parte da realidade dos Meneghini e da maioria das famílias Brasil afora. Por essa razão, orientou-se que na falta do alimento orgânico alguns cuidaos devem, ser tomados: “É importante lavar bem o alimento. Mesmo se for um alimento com casca, mamão, laranja".
Orientou-se também questões básicas de higiene, como por exemplo: lavar as mãos sempre que for manipular os alimentos, não levar colher à boca, lavar a louça ao término de cada preparação, não guardar alimentos prontos em panelas na geladeira e utilizar recipientes plásticos ou de vidro com tampa ou filme plástico.
O que as crianças acharam da experiência? Assitam ao vídeo:

Consciência Nutricional no Mudança Geral cap 4

Não é fácil mudar de hábitos de uma hora para outra.
É preciso ter informação e apoio.
Ainda estão usando adoçantes e produtos diet e light, mas em compensação, estão consumindo mais legumes, verduras e frutas.
Mas ainda falta melhorar o planejamento das alimentação, pois as crianças ainda estão deixando comida no prato.
Para conseguir reduzir o peso e melhorar o metabolismo não é necessário consumir adoçantes nem produtos diet.
No caso da Família Meneghini, o consumo de alimentos ricos em energia, gorduras e proteínas era muito grande.
Apenas diminuindo esse consumo e trocando por alimentos mais saudáveis já seria possível verificar pequenas mudanças no peso, na glicemia e em outros parâmetros bioquímicos.
Mas os exames serão feitos somente na última semana de acompanhamento.
Será que os Meneghini vão atingir os objetivos?

Consciência Nutricional no Mudança Geral cap 3

Duas semanas já se passaram.
A Família Meneghini está se esforçando para dar conta da mudança de hábito alimentar.
Primeiro radicalizou, comprou alimentos diet e light, entrou com adoçante artificial e diminuiu radicalmente as pizzas, hamburgueres e refrigerantes.
Até as crianças sentiram a mudança, pois não teve mais salgadinhos e chocolates.
Mas será que precisava ser assim tão radical?
Um ponto muito positivo é que o consumo de carne diminuiu bastante e o desperdício de alimentos também.
Eles também estavam procurando mais por frutas, legumes e verduras.
Como eles não tinham o hábito de consumir esses alimentos, tiveram algumas dificuldades, comprando frutas fora da época, que além de caras não possuem o mesmo sabor.
Contudo a cervejinha ainda está difícil de diminuir e as crianças não estão gostando muito do aproveitamento das sobras dos alimentos.
Vamos ver se após a nossa conversa, eles conseguiram mudar mais alguma coisa.

Consciência Nutricional no "Mudança Geral" cap 2

Já deu para perceber que a mudança não vai ser fácil.
A alimentação dos Meneghini, como na maioria dos lares brasileiros, é baseada em alimentos industrializados, frituras, carnes, refrigerantes e guloseimas.
Talvez por isso as pesquisas mais recentes tem apontado um aumento significativo na prevalência de anemia e hipovitaminose em mulheres e crianças (Anemia atinge mais de 20% das crianças e quase 30% das mulheres brasileiras).
Mas no final de semana é ainda pior: churrasco acompanhado de muita cerveja!!!
Para as crianças o cardápio é o mesmo, mudando a cerveja para o refrigerante.
Estudos recentes apontam que essa dupla churrasco e cerveja é a responsévl por algumas doenças não transmissíveis, como gota, diabetes e até mesmo câncer!
A dica para os Meneghini mudarem o hábito alimentar é: aumentar o consumo de verduras, legumes, frutas, frango, peixe e diminuir os alimentos industrializados. Mas pelo visto, não vai ser tão fácil, vamos ver?

Consciência Nutricional no "Mudança Geral" cap 1

"Mudança Geral" é um quadro do Fantástico que acompanhou uma família que deseja mudar os hábitos de consumo para dar uma força para o nosso planeta.
Afinal, com seis bilhões e setecentos milhões de habitantes a Terra já não consegue produzir alimentos, água e energia suficientes para todos.
Mas mudar os hábitos de consumo não precisa ser um sacrifício. Tem o lado bom: não só pode trazer uma bela economia no bolso, como também fazer bem para a saúde. Será que uma família tipicamente brasileira, como a família Meneghini, está preparada para enfrentar tantas transformações?
Para começar, vamos apresentar os membros da Família Meneghini que aceitou enfrentar os desafios:
Malu tem 13 anos e esta na oitava série.
Andréa, a mãe, acabou de completar 37 anos.
Matheus, dez anos, é o caçula da família.
Reginaldo Antônio Meneghini tem 38 anos e trabalha numa empresa metalúrgica das 22h às 6h.
A família Meneghini teve como metas: melhorar a alimentação, controlar o consumo de água, de luz, combater o desperdício.

Para enfrentar os desafios contou com a ajuda de cinco especialistas:
o professor Marco Saidel, da USP, com dicas sobre uso racional de energia;
a pesquisadora Silvana Cutolo, também da USP, com dicas sobre o consumo de água;
a nutricionista Katia Camargo, a responsável pela alimentação;
a ambientalista Ana Maria Luz, com dicas sobre reciclagem e coletya seletiva do lixo;
e a especialista em consumo Raquel Diniz que mostrou como a mudança de hábitos pode fazer bem não só ao planeta, mas também ao bolso da família.
Vejam o primeiro capítulo da saga:

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Alternativas ao Leite

Muitos perguntam se o leite é mesmo um alimento essencial.
Todos os mamíferos precisam de leite ao nascer. É o alimento mais completo para o recém-nascido. O perídodo de amamentação é variável conforme a espécie.
O ser humano é o único mamífero que permanece com alimentação infantil por toda a vida. E ainda usa-se de uma outras espécies como "ama-de-leite".
Isso é adequado? Depende.
Se levarmos em consideração a fisiologia, aos dois anos de idade deixaríamos de beber leite por que não precisamos mais.
Existem grupos populacionais, como por exemplo os orientais, que desenvolvem intolerância ao leite a partir dessa idade. E isso não é uma doença, é fisiológico.
É normal que algumas pessoas tenham intolerância ao leite em alguma fase da vida e nem perecebam. Isto se deve à perda ou diminuição da produção de uma enzima chamada lactase, responsável pela digestão da lactose (açúcar do leite). O sintoma mais evidente dessa intolerância é a diarréia, mas às vezes podem aparecer sintomas não tão óbvios: prisão de ventre, asma, bronquite, sinusite, problemas de pele e outros.

Existem várias formas de substituir o leite. E não é preciso preocupar-se com o cálcio, pois o leite não é a sua única fonte, além disso, apenas uma pequena porcentagem do cálcio do leite é absorvida (cerca de 23%).
Os alimentos que também são fonte de cálcio: sardinha, castanha de caju, castanha do pará, amêndoas, gergelim, brócolis, couve-manteiga, vegetais de folha verde escura em geral.
E não podemos nos esquecer do Sol!!! O Sol em contato com a pele libera vitamina D que auxilia na fixação do cálcio. Portanto, não esqueçam de tomar sol por pelo menos 15 minutos todos os dias. De preferência o sol da manhã

Aqui seguem algumas receitas caseiras que susbstituem o leite, inclusive para crianças, enviadas pela nutricioista Deise Lopes.




LEITES VEGETAIS
Aqui, um parênteses: leite é todo produto proveniente da glândula mamária que se destina à alimentação do filhote, mas aqui chamaremos de leite os extratos vegetais como uma "licença poética", pela sua similaridade com o leite animal.

Leite de castanha do Pará
6 castanhas grandes para adultos e adolescentes
3 castanhas para bebês.
Colocar o ingrediente num copo de 150ml e completar com água filtrada. Deixar de molho de 20 a 30 minutos. Depois do molho é só liquidificar e coar, utilizando o bagaço em mingaus e outras preparações.

Leite de aveia
2 colheres de sopa cheia para adultos e adolescentes
1 colher de sopa cheia para bebês.
Colocar o ingrediente num copo de 150ml e completar com água filtrada. Deixar de molho de 20 a 30 minutos. Depois do molho é só liquidificar e coar, utilizando o bagaço em mingaus e outras preparações.

Leite de amêndoas
20 amêndoas (após terem ficado de molho, suas cascas devem ser retiradas) para adultos e adolescentes
9 amêndoas para bebês (retirar as cascas após ficarem de molho).
Colocar o ingrediente num copo de 150ml e completar com água filtrada. Deixar de molho de 20 a 30 minutos. Depois do molho é só liquidificar e coar, utilizando o bagaço em mingaus e outras preparações.

Leite de milho
1 espiga média (cortar os grãos não muito perto do talo para não amargar o leite)
Colocar o ingrediente num copo de 150ml e completar com água filtrada. Deixar de molho de 20 a 30 minutos. Depois do molho é só liquidificar e coar, utilizando o bagaço em mingaus e outras preparações.

LEITE DE COCO Rendimento: 600ml
1 coco seco grande
500 ml de água morna
Fazer um pequeno furo no coco e retirar alguma água restante.Botar o coco em contato com fogo (boca do fogão etc.). Virar o coco e esperar alguns segundos para o fogo atingir toda a superfície e ir soltado a casca mais grossa externa (normalmente ouve-se um estalo).Esperar o coco esfriar um pouco. Pegar o coco e bater um uma superfície dura a ponto de quebrar a casca mais grossa. (fica uma casca mais fina que pode ir para o liquidificador). Se toda a casca grossa não separar nesta fase, separar com uma faca. Cortar o coco em pedaços pequenos e levá-lo ao liquidificador para ser triturado. Ferver a água. Acrescentar ao coco e bater. Coar. Armazenar em um recipiente.


Além desses, já exitem produtos industrializados que podem ser utilizados em substituição ao leite como o leite de arroz, leite de soja, leite de amêndoas.

Vejam uma reportagem sobre o leite na Folha Equilíbrio:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u558451.shtml

sexta-feira, 8 de maio de 2009

As Cores dos Alimentos

Para entendermos um pouquinho mais a importância das cores na nossa alimentação, apresento duas abordagens que se complementam: a da ciência moderna e a da Medicina Tradicional Chinesa.
Segundo a ciência moderna, as cores dos alimentos são determinadas pela presença dos pigmentos. Essas substâncias naturais, além de colorir os alimentos, desempenham papéis importantes na promoção da saúde e no tratamento de doenças.
Você sabia que vegetais de coloração escura - como rúcula, espinafre, brócolis e agrião - contêm ácido fólico e boro e são excelentes no combates à depressão e à anemia?
Por trás das cores dos alimentos há muito mais do que imaginamos!
Os brancos - como o alho e a cebola - possuem alicina, associada à redução do colesterol.
Os roxos - como as amoras e os blueberries - têm antocianina, com ótimo efeito contra o envelhecimento.
Os vermelhos - como o tomate e a goiaba - possuem licopeno, que auxilia na prevenção de câncer de próstata e osteoporose.
Os verdes - como o espinafre e a rúcula - têm bons índices de fibras e de luteína, que mantêm a saúde visual.
Os amarelos - como a laranja e a abóbora - são ricos em antioxidantes, como vitamina C e betacaroteno, que atuam no sistema imunológico, pele e ossos.
Já segundo a Medicina Tardicional Chinesa, as cores dos alimentos estão relacionadas aos elementos da natureza - Maderia, Fogo, Terra, Metal e Água - que regem os nossos principais centros energéticos. Alguns exemplos:
Alimentos verdes - como os vegetais de folha verde escura - representam o elemento Madeira e são bons para o centro energético do Fígado e Vesícula Biliar
Alimentos amarelos - como a abóbora, o cará e a mandioquinha (batata baroa) - representam o elemento Terra e são excelentes para o centro energético do Baço-Pâncreas e do Estômago.
Alimentos vermelhos - como as pimentas e o tomate - representam o elemento Fogo e são exelentes para o Coração e o Intestino Delgado.
Alimentos brancos - como o inhame, o nabo e o arroz - representam o elemento Metal e são ótimos para o Pulmão e o Intestino Grosso.
Alimentos pretos (ou escuros) - como o gergelim preto, as algas e o feijão preto (não vale Coca-Cola!!!) - representam o elemento Água e são excelentes para o Rim e a Bexiga.
Ainda de acordo com a Medicina Tradicional Chinesa, os sabores também têm muita importância no equilíbrio do fluxo energético.
Mas esse é um assunto para as próximas postagens.
Por enquanto a dica é: quanto mais colorida a refeição, melhor!!!

sábado, 2 de maio de 2009

Repensar o Modo de Produção

Amigos,

Vale à pena refletirmos, neste momento, sobre ter aparecido "de repente" a Gripe Suína e o que isso tem a ver com nutrição. Não que a ingestão de carne de porco tenha a ver diretamente com essa epidemia, mas o modo de produção, esse tem.

Vejam alguns trechos de uma entrevista concedida por Alejandro Nadal, economista dos Centro de Estudos Econômicos do México, enviada por Soraya Terra, nutricionista do Instituto Vida Una, sobre a correlação entre a gripe suína e o sistema de produção de alimentos.

30 DE ABRIL DE 2009 - 20h39
Gripe do Agronegócio: 'suspeito número um é o sistema de produção'

De que estamos tratando quando se fala de gripe suína?
A chamada febre ou influenza suína é provocada por uma variação de um vírus que é endêmico em porcos. A influenza suína é rara em humanos, mas o vírus pode sofrer mutações e afetar humanos. É isso o que aconteceu neste caso.

Como pode ter havido a mutação do vírus, ao que parece, muito rapidamente e afetar a espécie humana?
O suspeito número um é o sistema de produção industrial de porcos, onde o confinamento permite o intercâmbio maciço de vírus, o que facilita o surgimento de novas cepas e variantes, algumas das quais podem ser um tipo patógeno de influenza, que pode afetar os seres humanos. As pocilgas são bem conhecidas por serem uma das melhores fontes de geração de variantes desses vírus.

Qual é a situação em seu país, neste momento?
Fala-se de mais de dois mil casos de infecção com um quadro clínico similar ao do vírus A (H1N1). Cerca de 150 pessoas morreram, o que situa o nível de mortalidade em níveis comparativos a epidemias muito graves, embora não seja prudente ainda fazer comparações com estes níveis estatísticos.

O que está acontecendo significa que a pecuária intensiva, industrializada, é um caldo de cultivo para agentes infecciosos? Não estamos tratando os animais, seres vivos, como se fossem seres inanimados, sem dor nem sofrimento?
A produção industrial em grande escala de gado em estábulos, de porcos e aves em ''granjas'' gigantescas, que são verdadeiras fábricas de carne, é uma das aberrações da produção capitalista nestes últimos cinquenta anos. Sim, efetivamente, é um caldo de cultivo de agentes patológicos. Facilita sua rápida evolução e promove o surgimento de novas cepas de grande virulência. É bem sabido pelos epidemiologistas o fato de que os vírus que causam a morte de seu hospedeiro mantêm um equilíbrio entre virulência e velocidade de transmissão. No caso dos criadouros industriais de porcos e aves, a recolocação cada vez mais rápida dos animais gera pressões (evolutivas) que desembocam no surgimento de cepas mais daninhas e de altas velocidades de transmissão. O fato é bem conhecido na literatura especializada. Mas as autoridades, tanto nacionais como internacionais (incluíndo aí a OMS, no que compete à FAO), sempre toleraram estas condições de produção de carne para a alimentação humana.

Podemos tirar alguma lição do que está acontecendo?
Há duas lições muito importantes. Primeiro, as fábricas de carnes (os gigantescos ''feedlots'' de bovinos nos Estados Unidos, as granjas de porcos e aves) são recintos em que a lógica da rentabilidade do capital se mistura com a dinâmica evolutiva da natureza. O resultado é uma mistura explosiva. A rentabilidade requer grandes escalas de produção, crescimento rápido dos animais (induzido artificialmente por meio de hormônios) e forte rotação do capital. A dinâmica evolutiva não perdoa e aproveita essas características nos processos produtivos de carne em escala industrial. Desse caldeirão vão surgir sempre novos vírus patógenos. A OMS e os epidemiologistas do mundo sabem disso. A segunda tem a ver com o tema da biossegurança, esta epidemia é uma mostra clara de que os sistemas de biossegurança no México, e provavelmente em muitos países, não estão preparados, nem de longe, para enfrentar essas contingências.

Para ler a entrevista na íntegra acesse o site: Rebelión (em espanhol): www.rebelion.org

Mais informações poderão ser obtidas no blog desenvolvido pelo NEPAM da UNICAMP: http://educomambiental.blogspot.com/

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Os Temperos e a Vida 2

Temperos, cheiros, sabores.
Nunca é demais falar sobre o gostinho da vida!
E como é fácil ter temperos frescos ao alcance da mão. Quanto mais frescos, mais preservam suas qualidades nutricionais e funcionais!
Mesmo quem mora em apartamento ou não tem nenhum jardinzinho pode ter uma mini horta de temperos em vasos e floreiras.
Vocês sabiam que plantar os temperos que utlizamos pode diminiuir a emissão de carbono?
Os temperos comprados em supermercados, vendas, feiras podem causar enormes emissões de carbono, já que muitas vezes vêm de lugares distantes e também podem ter sido cultivadas com a utilização de agrotóxicos e outros aditivos químicos.
Você pode evitar todos esse dano ambiental cultivando suas próprias ervas, não importa se o espaço de que dispõe seja muito pequeno.
Todas as ervas favoritas dos cozinheiros podem ser plantadas em vasos pequenos de jardim. Alguns exemplos: manjericão, coentro, hortelã, orégano, cebolinha, e sálvia
Para obter um recanto perfumado que também dê temperinhos gostosos combine alfazema com tomilho e alecrim num ponto ensolarado. Todas essas plantas precisam de pouca água , pois são resistentes a estiagem.
Esta foi uma dica que encotrei na coleção 50 Formas Inteligentes de Preservar o Planeta de SIÂN BERRY, lançada pela Publifolha. São quatro livretos com 50 dicas sobre diversos assuntos relacionados a práticas sutentáveis. A autora é inglesa, mas a revisão técnica é de Marcelo Leite, o que garante uma excelente adaptação à realidade brasileira.
Para saber mais sobre como plantar o seu próprio tempero visitem o site http://www.sabordefazenda.com.br/
Quem estiver em São Paulo aproveite para visitar pessoalmente o lugar, é um ótimo passeio!

E para encerrar um pequeno poema inspirado nos temperos feito pelo querido amigo Fabio Adiron:

Tempero diário

"Sal, alho e pimenta
Aipo e manjericão
Orégano, poró, cebolinha
Cardamono e salsinha
Alecrim, louro, mostarda,
Gengibre e estragão
Canela, baunilha e anis
Cominho e forte raiz
Endro, noz moscada,
Zimbro e açafrão.
Sálvia, tomilho, cebola,
Segurelha e papoula.
Coentro, cravo, curcuma
Azeite que tudo perfuma.
Tantos aromas, texturas
Universos multicores
Mas só seus ternos sabores
Temperam meu coração"

Disponível em:
http://insanadiron.blogspot.com/

domingo, 19 de abril de 2009

XI Dia Mundial do Tai Chi Chuan


A consciência é uma qualidade da mente, que abrange subjetividade, auto-consciência, sapiência, e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente.
Parece fácil, mas a todo instante temos que estar atentos para não atuar automaticamente regidos pela maioria, por leis de mercado e pela Lei Geral.
É preciso integrar corpo - mente - espírito para que tenhamos consciência sobre a nossa importância no mundo e nos libertemos das limitações impostas pela vida "pós-moderna".
Uma das formas para se atingir um nível de consciência mais harmonioso é através do movimento e das práticas taoístas.
Portanto, vamos comemorar juntos o Dia Mundial do Tai Chi Chuan e Chi Kung!

Em São Paulo este evento, organizado pelo instrutor Douglas acontecerá no dia 26/04/2009 às 10h00 da manhã no Parque da Independência (Museu do Ipiranga em frente a Estatua do Pensador). Vejam um pouco da história desse evento:

"Há onze anos, um sonhador e idealizador chamado Bill Douglas dava início através de seu site a uma grande comoção em prol da saúde e bem estar da humanidade, implementando o Dia Mundial do Tai Chi Chuan e Chi Kung no último domingo do mês de Abril, para divulgar e propiciar acesso a todas as pessoas, independente de classe social, religião e ideologica, as técnicas centenárias chinesas de cultivo da Longevidade, Serenidade e Equilíbrio.
Este é um evento reconhecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como ato oficial do calendário do mês de prevenção de doenças e cuidado com a saúde!
Participe deste evento irá comemorar os 210 anos de existência do criador do Estilo Yang de Tai Chi Chuan, Grão-Mestre Yang Luchan."

Para participar é só comparecer no local na hora marcada com roupas leves e contribuindo com 1 quilo de alimento não perecível e um produto de higiene(neutro) e limpeza ou uma peça de roupa em bom estado, para os portadores de necessidades especiais da Casa de Guadalupe.

Maiores informações: com Instrutor Douglas fone: 9362-5150 cel. ou e-mail giepao.douglas@terra.com.br.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Relatório sobre Teor de Agrotóxicos em Alimentos

É claro que um notícia como essa não poderia ficar fora do blog. Mas nunca é demais falar sobre a questão dos agrotóxicos na produção de alimentos e a sua relação com o aumento de casos de câncer no mundo!

"Pimentão é o campeão do agrotóxico, mostra estudo da Anvisa
Mais de 60% das amostras analisadas tinham índices de defensivos acima do permitido; morango e uva têm 30%.
SÃO PAULO - O pimentão foi o alimento que apresentou o maior índice de irregularidades para resíduos de agrotóxicos em 2008. Mais de 64% das amostras analisadas pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), apresentaram problemas. O morango, a uva e a cenoura também apresentaram índices elevados de amostras irregulares, com mais de 30% cada.

Veja na ítegra o relatório sobre a análise de agrotóxicos me alimentos:
http://web1.estadao.com.br/pdf/arquivos/15_04_2009150409_para.pdf

No lançamento dos dados do Programa, nesta quarta-feira (15), em Brasília, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, destacou a importância do trabalho da Anvisa no monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos. “No Brasil, a segunda causa de intoxicação, depois de medicamentos, é por agrotóxicos, o que tem uma dimensão importante”, afirmou Temporão, em nota divulgada pela Anvisa.
Os problemas detectados pelo Pará foram teores de resíduos de agrotóxicos acima do permitido e o uso de substâncias não autorizadas para determinadas culturas. No balanço geral, das 1773 amostras dos dezessete alimentos monitorados (alface, batata, morango, tomate, maça, banana, mamão, cenoura, laranja, abacaxi, arroz, cebola, feijão, manga, pimentão, repolho e uva), 15,28% estavam insatisfatórias.
A cultura de tomate foi a que apresentou maiores avanços na redução do índice de irregularidades. Em 2007, 44,72% das amostras de tomate analisadas apresentaram resíduos de agrotóxicos acima do permitido. No último ano, esse número caiu para 18,27%.
O arroz e o feijão, coletados pela primeira vez no Programa de 2008, apresentaram índices de irregularidade de 3,68% e 2,92%, respectivamente. Juntamente com a manga, batata, banana, cebola e maçã, esses dois alimentos apresentaram os menores teores detectados.
Para reduzir o consumo de agrotóxico em alimentos, a Anvisa recomenda que o consumidor opte por produtos com origem identificada.
O programa de análise funciona a partir de amostras coletadas pelas vigilâncias sanitárias dos Estados e municípios. No último ano, as amostras foram enviadas para análise aos seguintes laboratórios: Instituto Octávio Magalhães (IOM/FUNED/MG), Laboratório Central do Paraná (LACEN/PR) e Instituto Tecnológico de Pernambuco (ITEP), nas quais foram investigados até 167 diferentes agrotóxicos."
Esta matéria foi enviada por Deise Lopes em 15/04/2009.

Pergunta sobre a foto: você comeria um alimento colhido numa plantação em que os agricultores estivessem vestidos dessa forma? Pergunte a um agricultor que utiliza agrotóxicos se ele consumiria o que ele planta para comercializar. A resposta pode ser surpeendente!

Trabalhadores usando EPI para dispersar agrotóxicos.
Fonte:http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Citros/CitrosNEPequenosProdutores/agrotoxicos.htm

terça-feira, 14 de abril de 2009

Feira Orgânica 2009 - Curitiba - Paraná


Dica para o feriado de Tiradentes!!!

Se você ainda não programou nada para o feriado, não quer passar 12 horas na estrada para o litoral nem quer enfrentar a ressaca marítima, que tal rumar para o sul e encontrar gente que se preocupa com qualidade de vida?

Meu caro amigo Ademar Marques está organizando uma feira de Orgânicos em Curitiba.
Vale à pena conhecer:

Feira do Complexo Agroindustrial Orgânico e Biotecnologias/ Fórum Internacional da Agroindústria Orgânica
De 19 a 21 de Abril de 2009
Local: ExpoTrade Convention Center Curitiba - Paraná

A programação está bem diversificada e focada na produção de alimentos orgânicos e no incentivo à agricultura familiar, como forma de encarar os desafios de uma prática saudável para todos.

Vejam os detalhes da programação no site: http://www.organicabrasil.org.br/

Enquanto isso, recomendo que assistam ao vídeo "Store Wars", legendado por Thiago Couto e gentilmente disponibilizado para o nosso blog.

A "Força" esta em nossas mãos!!!

sábado, 11 de abril de 2009

Os Temperos e a Vida!

Vocês já assistiram a um filme chamado “O Tempero da Vida”?
Recomendo-o para quem ainda não descobriu a magia dos temperos.
É um filme altamente sensorial, poético e político. Conta a trajetória de vida de um astrofísico de origem greco-turca através dos temperos. A sabedoria dos temperos foi passada a ele por seu avô turco quando, ele ainda pequeno, morava em Istambul. É um filme belíssimo! Mostra como o tempero certo pode salvar ou arruinar uma vida! Leiam mais no blog: http://batatatransgenica.wordpress.com/2008/08/29/o-tempero-da-vida/

Mas o que é tempero? É o nome que se dá a um conjunto de condimentos cuja função é realçar o gosto dos alimentos. Recentemente, identificou-se algumas funções terapêuticas dos temperos. São exemplos de temperos naturais o sal, a canela, o coentro, o curry, a erva-doce, o alho, a cebola, o louro, a pimenta e a salsa, entre outros.
Não se deve confundir esses temperos com os "temperos indutrializados", que não possuem propriedades nutricionais e são muito prejudiciais à saúde, pois são ricos em sódio, gorduras trans e componentes químicos sintéticos incompatíveis com o nosso metabolismo. Sua única função é a de "melhorar" o sabor.
Com relação à ciência e às propriedades dos temperos, leiam duas reportagens que saíram recentemente no suplemento "Equlíbrio" do jornal Folha de S. Paulo:
"Pesquisas feitas em universidades européias, asiáticas, americanas e brasileiras têm comprovado o que os nossos mais longínquos antepassados já sabiam por intuição ou pura necessidade: temperos e especiarias ajudam a manter a saúde em dia". Segundo Jaime Amaya Farfán, professor do Departamento de Nutrição da Unicamp, "parece que o homem rumou intuitivamente ou atraído pelo gosto para o consumo das especiarias benéficas à saúde". Ele afirma que estudos analisando as propriedades das especiarias ganharam destaque desde que os chamados alimentos funcionais tiveram maior reconhecimento. Como exemplo, Farfán cita a sálvia e o orégano, que possuem ação antioxidante, antibacteriana e antibiótica.
As especiarias ganharam importância especial na época das grandes descobertas, impulsionando a viagem de navegadores como Vasco da Gama. "Elas eram valorizadas não por causa da palatabilidade que davam aos alimentos, mas porque as pessoas sabiam que elas conservavam os alimentos por mais tempo", explica o professor Jorge Mancini, do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. "Além de proteínas, carboidratos, lipídios e vitaminas, todo alimento tem compostos que podem colaborar na prevenção de doenças", diz ele. Entre esses compostos, estão os antioxidantes, que Mancini estuda desde 1989. "Essas substâncias combatem os radicais livres e impedem o processo de oxidação das células, por isso são recomendadas principalmente para prevenir o envelhecimento precoce", afirma.
O poder das especiarias é destacado também nos estudos sobre a chamada dieta do Mediterrâneo. Segundo Mancini, essas pesquisas comprovam que os povos mediterrâneos apresentam longevidade maior que os demais, com melhor qualidade de vida e menor incidência de doenças. Isso é atribuído a um cardápio repleto de especiarias e fartamente regado com azeite de oliva. "O azeite de oliva possui antioxidantes que têm a mesma ação daqueles presentes nas especiarias." Outra propriedade das especiarias ressaltada pelo pesquisador é sua capacidade de auxiliar o processo digestivo. "A culinária dos países mediterrâneos e da Índia, por exemplo, utiliza especiarias como o orégano e o alecrim porque são digestivos e deixam o sabor mais agradável", exemplifica.
Com forte presença na culinária indiana, o coentro, o gengibre e o alho são outros exemplos de condimentos que auxiliam a digestão. Segundo o indiano radicado no Brasil Mukesh Chandra, na Índia há um conhecimento empírico sobre o uso de especiarias e seus benefícios para o organismo. Por isso a culinária local é muito condimentada. "As especiarias têm qualidades aromáticas e dão sabor, mas também têm outras propriedades, como baixar colesterol e a temperatura do corpo. Esse conhecimento é passado de geração para geração."
Proprietário dos restaurantes Govinda e Ganesh, em São Paulo, especializados em culinária indiana, Chandra tem na ponta da língua uma lista de temperos que, de acordo com a tradição de seu país, fazem bem à saúde. A pimenta-do-reino, por exemplo, é recomendada para infecções de garganta. Já o cravo-da-índia é usado para combater náuseas e infecções na gengiva e nos dentes.
Pouco a pouco, a ciência tem comprovado os efeitos positivos das especiarias tão amplamente usadas na cozinha. Com elevada ação antioxidante, o gengibre, por exemplo, tem sido empregado em infecções respiratórias, é indicado para o tratamento de problemas gastrointestinais e pode diminuir o risco de aterosclerose, afirma o biomédico Carlos Kusano Ferrari, doutorando na Faculdade de Saúde Pública da USP.
Ricos em nutrientes como vitaminas e sais minerais, os temperos também contêm quantidades razoáveis de fibra. É o caso do alho, da cebola e até da canela. "O alho também apresenta propriedades que beneficiam o coração", diz Ferrari. Segundo ele, ainda não foi provado que o alho diminui a pressão sanguínea, mas já se sabe que ele tem função antioxidante e que reduz a capacidade de agregação de plaquetas, o que melhora a circulação do sangue e diminui o risco de doenças cardiovasculares."
Mais alguns exemplos sobre temperos e suas utilizações:
· Açafrão: antioxidante e antiinflamatório. Para arroz, sopas, carnes, pães e bolos.
· Alecrim: digestivo e antioxidante. Para carnes e aves em geral, peixe, molhos, sopas e cozidos.
· Alho: antioxidante e digestivo; melhora a circulação sanguínea. Para carnes, aves, molhos em geral e refogados.
· Canela: digestiva e antioxidante; ajuda a prevenir osteoporose, a controlar a pressão sanguínea e a aliviar sintomas da menopausa. Para compotas, infusões, marinados, picles e ensopados (em casca) e bolos, pães, biscoitos, mingaus e doces (em pó).
· Cardamomo: antioxidante. Para pratos indianos, tortas e bolos escandinavos, carne de carneiro e porco, fígado, peixes e sopas.
· Cebola: antioxidante e digestiva. Para a grande maioria dos pratos salgados.
· Coentro: antioxidante. Para peixes e frutos do mar (fresco) e molhos, sopas, carnes e aves (em grãos moídos ou socados).
· Cravo-da-índia: ajuda a aliviar sintomas da menopausa, a proteger contra aterosclerose e a diminuir o colesterol. Para doces, pães, marinados, assados de porco, molhos e "chutneys".
· Gengibre: antioxidante; ajuda a tratar problemas gastrointestinais e a combater infecções e doenças cardiovasculares. Para pratos das culinárias baiana e japonesa (cru como acompanhamento), picles, molhos, doces, bolos, pães, saladas e carne de porco.
· Louro: antioxidante. Para cozidos, assados, feijões e carnes grelhadas.
· Mostarda: antioxidante. Para conservas, pães, assados, picles e marinados (em grão) e carne de porco, embutidos, peixes e maionese (em pó ou pasta).
· Orégano: digestivo, antioxidante, antibacteriano e antibiótico. Para molhos italianos, ensopados, espetinhos (de carneiro e porco), sopas e peixes assados.
· Pimentas: antioxidantes. Para a maioria dos pratos salgados, mas sem exagero -como são ácidas, em excesso podem afetar o sistema gastrointestinal.
· Salsinha: favorece o equilíbrio hormonal. Para molhos, pastas e patês, saladas, legumes, peixes, sopas e guisados.
· Sálvia: digestiva, antioxidante, antibacteriana e antibiótica. Para carne de boi e porco, peixes firmes, ovos, queijos e saladas.
Fonte: Carlos Kusano Ferrari, biomédico, disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u1923.shtml

Este assunto é muito vasto; foi sugerido por Ana Luíza Funghetti, psicóloga e grande amiga.
Com certeza, merecerá mais postagens com dicas, receitas e novas descobertas científicas sobre as propriedades funcionais dos temperos.
Por ora, gostaria de fazer um convite à reflexão sobre as nossas práticas atuais alimentares e de consumo . Vamos procurar utilizar mais os temperos naturais, observando uma dica muito importante: mais é menos: usar temperos naturais sempre, mas com sabedoria e parcimônia!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Dia Mundial da Saúde

Imperador Amarelo

Como todos os dias devem ser dias saudáveis, ainda dá tempo para publicar uma linda reflexão sobre a atuação de profissionais da saúde, de autoria da nutricionista Drª Deise Lopes, estudiosa em Dietoterapia Chinesa e excelente amiga.

"Olá a tod@s! Hoje é o Dia Mundial da Saúde e várias ações estão se desenrolando no país e no mundo em comemoração a esta data.
Como todos destas listas somos profissionais de saúde (ou deveríamos ser...), gostaria de oferecer uma reflexão sobre o tema!
Durante os anos de faculdade sempre me questionei como poderíamos nos formar profissionais de saúde, se o tema saúde raramente ou nunca era debatido de verdade. Aprendíamos fisiologia, epidemiologia, (muita) patologia, tratamentos diversos dependendo da área, mas não discutíamos o básico. O que é, afinal saúde? Como o conceito de ausência de doença foi considerado limitado evoluiu-se para o conceito de “bem estar” e aí vieram as críticas dizendo que o conceito de bem estar era muito subjetivo! Aí me dei conta por que não discutíamos Saúde na faculdade: por que na nossa formação acadêmica e científica não há espaço para subjetividades...Só dados objetivos, químicos e estatísticos são importantes!
Mas quando caímos no mercado de trabalho damos de cara não com “casos” mas com pessoas. Seres humanos, lotados de subjetividades, de angústias, alegrias, conceitos, crenças...E aí não sabemos lidar com eles por não aprendemos nada disto. Não aprendemos a lidar com emoções (nem com as nossas que dirá as dos outros), com dor, com sofrimento, com morte, com entusiasmo, com fé, com paixão... Aliás, na nossa sociedade não aprendemos isto em lugar nenhum, em casa, na escola, com os amigos, que dirá na faculdade, quando já somos quase adultos. Aí vamos para o tal mercado de trabalho e aí começamos a ter problemas de “adesão” ao tratamento, casos “insolúveis”, reações “paradoxais” entre tantas outras frustrações, com as quais, também, não sabemos lidar.
Então a reflexão que ofereço neste Dia Mundial da Saúde, não é um busca por um conceito melhor, nem por um sistema melhor de saúde (embora, sim, tenha muuuuuito a melhorar), mas por um olhar para dentro de cada um de nós: o que é ser saudável para cada um de nós? Que componentes são fundamentais para esta sensação de bem estar? Com certeza muitas coisas que ultrapassam o chamado “campo da saúde”... Estamos saudáveis? Se não estamos, por que não? O que podemos fazer para nos tornarmos mais saudáveis?
E aí com certeza descobriremos que o conceito de saúde é dinâmico e circunstancial. É diferente em diferentes culturas, em diferentes tempos, em diferentes pessoas e até na mesma pessoa ao longo do ciclo da sua vida.
Se nós, profissionais de saúde, não estivermos dispostos a fazer esta reflexão, como podemos pedir que nossos pacientes tenham “força de vontade” e “disciplina” para cumprir as recomendações que fazemos a eles e muitas vezes não cumprimos? A saúde, embora possa sofrer muitas interferências do meio, é um estado individual e uma coisa que nossa cultura de massas baseada no egocentrismo esqueceu foi justamente no valor de olhar para dentro para descobrir as diferenças, as singularidades de cada um.
Trabalhamos hoje no que eu chamo de política do “cala boca corpo”. Dor? Analgésico! Infecção? Antibiótico! Inflamação? Antinflamatório! Gastrite? Antiácido! Não que estes recursos não sejam importantes e tenham o seu momento de serem utilizados, mas o caso é que hoje não damos a menor chance do nosso corpo se manifestar e tentar nos mostrar que algo não vai bem. Muitos desconfortos podem ser seu corpo clamando por descanso, lazer, afeto, arte, silêncio, contemplação, coisas por demais escassas nos dias de hoje. Não há remédio que resolva isto!
Então é isso que desejo a todos neste Dia Mundial da Saúde: que cada um se cuide cada vez mais e que aprimore a escuta dos recados do seu corpo. Como minha inspiração nesta busca sempre foi a medicina chinesa compartilho com vocês uma frase ímpar de um dos mais antigos livros sobre saúde do mundo, o Nei Ching ou o Clássico do Imperador Amarelo.

“Tomar remédios depois que o corpo já adoeceu, é semelhante à ação daquele que forja armas depois da guerra ter começado ou começa a cavar um poço depois de já estar com sede. Não seriam estas providências demasiado tardias?”

Um abraço e saúde!

Deise Lopes
Nutrição, fitoterapia, medicina chinesa.
Produção de eventos e cursos em saúde e qualidade de vida.
deiselopes@institutovidauna.com.br
www.institutovidauna.com.br
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SCLRN 715 BL. E lJ. 39
Brasilia DF

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Vamos parar para pensar?


Vocês já pararam para pensar quanto lixo é produzido por embalagens que envolvem os alimentos?
Alumínio, tetrapack, plásticos, papelão, isopor não são facilmente degradados pela natureza, além de consumirem energia em suas produções.
Se pensarmos que o nosso planeta é um organismo vivo e nós fazemos parte dele, então tudo o que fizermos de errado com o ambiente, pode se refletir em algo danoso para nós.
O consumo excessivo de alimentos industrializados e suas embalagens não só afeta a nossa saúde, como afeta o planeta também. Vejam nas enchentes a quantidade de garrafas PET boiando e entupindo os bueiros. O lixo que entope os rios, mata os peixes, plantas e animais provém dos alimentos industrializados que podem entupir as nossas artérias e matar as nossas células. Portanto, pense um pouco antes de levar um produto embalado em plástico, na bandejinha de isopor, em lata ou tomar suco de caixinha. Vivemos numa era de consumo desenfreado, precisamos repensar nossas práticas para o nosso bem e do planeta.
Para pensarmos um pouco mais em como o consumo chegou a esse ponto, sugiro que assistam a um vídeo excelente chamado "A História das Coisas - The Story of Stuff"

Vídeo indicado por Deise Lopes e Duda Andrade.

terça-feira, 31 de março de 2009

Debate sobre Educação

Caros amigos,
A divulgação e a participação em eventos sobre desenvolvimento sustentável é função primordial para quem quer mudar o que está aí. A informação e o conhecimento são instrumentos fundamentais para a tranformação. Portanto, não percam e divulguem o evento com a EX-MINISTRA DO MEIO-AMBIENTE, SENADORA PELO PT MARINA SILVA:

OS JOVENS ANTE O DESAFIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Dia 13 de abril às 14h00
LOCAL USP - Cidade Universitária - ANFITEATRO CAMARGO GUARNIERI
Rua do Anfiteatro, 109

MEDIADORA
MARIA CLARA DI PIERRO (FE-USP)

COORDENADOR
JOSÉ ELI DA VEIGA (FEA-USP)

INSCRIÇÃO E INFORMAÇÃO
SANDRA SEDINI – sedini@usp.br ou 3091-1678
transmissão ao vivo: www.iea.usp.br/aovivo

Esta foi um dica da amiga Lia Zatz.
Obrigada, Lia!

sábado, 28 de março de 2009

Nutrição e Sustentabilidade

Não há como vivermos num ambiente sustentável se não cuidarmos da questão alimentar.
Muitos alimentos produzidos industrialmente, a produção massiva pela mecanização da agricultura e a utilização de agrotóxicos podem causar danos ao ambiente e aos seres humanos.
Está mais do que comprovado que um dos males da vida moderna é o consumo excessivo de alimentos industrializados. São conseqüências diretas dessa prática - para o ser humano - a obesidade, o câncer, o diabetes, a hipertensão, as doenças cardiovasculares e as neurológicas. Para o ambiente, as queimadas que devastam florestas, a transformação em pasto de grandes extensões de terra, a eliminação excessiva de gás carbônico e a dispersão inadequada de dejetos e poluentes.

Este blog é um convite à reflexão sobre nossas práticas alimentares e de como elas afetam o microcosmo (nosso corpo) e o macrocosmo (ambiente-planeta).

Deixem aqui suas opiniões e sugestões sobre como melhorar nossa qualidade vida através de práticas sustentáveis de alimentação e de consciência corporal, com atividades que propiciem a harmonia interior.
Para o envio de textos, links, fotos, vídeos, áudios e outros materiais, utilizem o e-mail nutriconsciente@gmail.com
Abraços
Katia